Cabra bode
Cabra Bode valente,
Homem do sertão,
Embaixo de um pé de jurema,
Descansa um vaqueirão.
De cada ruminada,
O estilo durão,
Sabe que é chegada hora,
Ele vai de encontro então.
O destino parece cruel,
Mas é viver no sertão,
Ele sabe que será lembrado,
Não só nos fatos, então.
Cabeça e chapéu quieto,
Apertando essa bota bem,
Que esse gibão tá arretado,
Pra correr o dia com o cavalo.
E quando em casa chegar,
Tem na mesa, pra ajudar, o fruto de seu ator de cena.
E ele sempre saberá,
Pois com os braços cerrados vai, pra lá e pra cá.
No imortalizar.