Um relapso ar puro
Na verdade eu sei porque eu me sinto assim,
como se estivesse lá,
no meio do mato, naquele vento.
Eu sinto isso, de verdade.
Essa vontade de respirar,
e me deparar, de repente,
com esse cheiro, direto e reto.
O cheiro que não depende de nada,
só da natureza, do céu,
das nuvens, das gotículas de água
que evaporam das lamas mundanas urbanas.
Mas estão lá, feias ou belas,
sempre estarão.
O que de fato penso é sobre
o que faz, realmente,
tudo se enfeiar.
Talvez seja aquele,
que se diz dono de um espaço,
que meramente não consegue
manter limpo, belo e tão puro,
quanto o lugar original.
Talvez aquele,
tenha que saber,
que não há espaço para o feio,
para o não confluente,
para o que não diz respeito a todos.