Trechos - AntologIA poética

Os espinhos, embora afiados,
cortam profundamente e em linha reta
O amor que nasce do ódio
É quente como o inferno e amargo
Como todo o desespero do mundo.
Então, deixe os ventos noturnos soprarem
Dentro e fora do pinheiro,
E uivem alto, e cantem
Um canto fúnebre para o cão de caça,
E gemendo com a donzela
Do amor que nasceu do ódio.
E porei meus pés
Na ruína de sua alegria,
E chorarei até as estrelas,
Verá a luz do amanhecer
Nos olhos que eu beijei.
Ele é o menino de cabelos dourados
Que senta-se à beira do lago e sonha,
E um dia sonha que é branco,
E um dia sonha que é vermelho,
E um dia sonha que é ambos.
Trechos do meu livro AntologIA poética.