E meu coração estava cheio como a maré
Que anseia no mar da maré primaveril.

Pois, como um pássaro que no meio das folhas
De uma floresta alta senta e canta
E recolhe das folhas sopradas pelo vento
Um tesouro para as noites de inverno,
Então eu juntei das folhas um tesouro
Para as noites de inverno e eu o escondi
No coração do meu coração.

E clamei em meu coração:
“Eu te amo como ninguém é amado, exceto um amigo;
eu te amo como o sol ama o orvalho,
Ou o vento na brisa do verão;
E o meu amor é tão profundo quanto o mar,
Ou o poço onde se encontram as fontes.”

E eu lutei com meu coração,
mas isso não me daria o presente de um amigo;
Não me daria o dom do sol,
Ou o vento na brisa de verão;

Trechos do meu livro AntologIA poética.