Marllus
Marllus Cientista da computação, doutorando em educação, mestre em políticas públicas, professor, poeta, escritor, artista digital e aspirante a tudo que lhe der na telha.

Projetos e sistemas de informação

Projetos e sistemas de informação
Foto by Christopher Briscoe

Aplicações em TI (Tecnologia da Informação) visam fornecer à sociedade novas tecnologias para a devida solução de problemas relacionados tanto ao campo operacional quanto aos setores estratégicos. Entre esses principais setores temos: educação, saúde, turismo, meio ambiente, segurança pública, entretenimento, telecomunicações e petróleo. Com a explosão da utilização da Internet, através de um potencial extraordinário de agregamento de informações, aliada a sua ampla utilização como forma de divulgação, impulsionou o desenvolvimento de novos paradigmas científicos e mercadológicos, no que tange à aceleração do acesso, a divulgação e a recuperação de dados e informações nesse ambiente distribuído e complexo que é a web. Pesquisas na área da Ciência da Computação garantem boa parte do avanço que contribui para acelerar o desenvolvimento das tecnologias da informação. Dentre elas pode-se destacar: Banco de Dados, plataformas de suporte aos mais variados tipos de sistemas de informação, desenvolvimento de software para gerência, segurança e controle de redes e serviços, frameworks e ferramentas que visam a integração de repositórios heterogêneos, linguagens de programação e sistemas de software flexíveis e com boa usabilidade.

Um conceito fundamental para que se possa trabalhar com sistemas de informação (SI) é a Teoria Geral dos Sistemas (TGS). Segundo Bertallanffy (1968), ao propor a TGS, relata que a mesma é a produção de um arcabouço teórico no qual poderiam ser integrados diferentes conhecimentos. A grande maioria dos livros de SI trata inicialmente dos conceitos de TGS, pois esta área foi e ainda vem sendo fortemente influenciada por esses conceitos, os quais podem ser exemplificados:

  • Todo sistema se contrai, ou seja, é composto de subsistemas (e isto ocorre infinitamente);

  • Todo sistema de expande, ou seja, é parte de um sistema maior (e isto ocorre infinitamente);

  • Quanto maior a fragmentação do sistema (ou seja, o número de subsistemas), maior será a necessidade para coordenar as partes;

  • Se uma parte do SI não está funcionando bem, outras terão que trabalhar mais para manter o equilíbrio e para que o sistema consiga atingir seu objetivo;

  • As partes de um sistema podem interagir para gerar algo maior, o que as partes não conseguiriam fazer ou atingir se trabalhando isoladamente;

Segundo Schulz (2001), “os sistemas de informação geram, coletam, combinam, armazenam, codificam e disseminam dados, informações e conhecimento, caracterizando uma ferramenta que sistematiza o funcionamento dos processos que são estabelecidos por meio de uma estratégia predefinida”. Existem vários tipos de SI, dentre eles: Sistemas de Gestão Empresarial Integrada (ERP), Sistemas de Gestão de Relacionamento com Clientes (CRM), Sistemas de Informações Gerenciais (SIG), Sistemas de Apoio à Decisão (SAD), Sistemas de Gestão Eletrônica de Documentos (GED), Sistemas de Apoio ao Executivo (SAE), Sistemas de Gestão do Conhecimento (SGC), Sistemas de Processamento de Transações (SPT). Todos esses sistemas desempenham diferentes funções dentro das organizações. Além disso, eles relacionam-se entre si, uns como fonte, e outros como recebedores de dados de níveis inferiores, ficando a cargo dos administradores e gestores de TI definirem quais, como e onde serão implantados, baseado nas métricas e ações ligadas aos fins e objetivos destas organizações.

A demanda de profissionais bem qualificados na área é hoje fortemente influenciada pelo mercado atual em crescimento. A formação, portanto, de recursos humanos de TI para o atendimento com qualidade a grande demanda de profissionais para o desenvolvimento dos diversos campos de estudos citados se constitui um grande desafio para o nosso país. Esse processo deve se tornar mais dinâmico para fazer jus às tecnologias, cada vez mais voláteis e mutáveis. O enfoque desejável deverá ser o de “Aprender a aprender”, interligada à devida preparação de profissionais capazes de se adaptar às novas ferramentas. O ponto que será decisivo para a adequação dos currículos profissionais às necessidades de mercado será a aproximação entre as instituições educacionais e empresas.


BERTALANFFY, L., V. General System theory: Foundations, Development, Applications. 1968. New York: George Braziller, revised edition 1976: ISBN 0-8076-0453-4.
SCHULZ, M. The uncertain relevance of newness: organizational learning and knowledge flows. Academy of Management Journal, v.44, n.4, p.661-681, 2001.
SCHULZ, M. The uncertain relevance of newness: organizational learning and knowledge flows. Academy of Management Journal, v.44, n.4, p.661-681, 2001.
SIGNORELLI, Faculdade Internacional. Projetos e Sistemas de Informação. Modalidade à distância. Rio de Janeiro, 2011.


Texto dissertativo-expositivo sobre Projeto e Sistemas de Informação.
Pós-graduação Lato Sensu em Gestão de projetos em TI - Faculdade Signorelli - FISIG/RJ. Ano: 2014