Por que um novo blog?
Se você me conhece há pelo menos 5 anos, saberá que sempre gostei de escrever. E lembro, como se fosse hoje, o dia em que subi meu primeiro blog, em um serviço antigo de sites chamado Ubbi. Lá, eu falava sobre ocultismo, esoterismo e coisas afins, como um bom adolescente, em busca do desconhecido. E não, não consegui encontrar seus rastros pelo internet archive, rs.
Depois disso, entrei em uma fase mais clean, onde queria me expressar de forma mais suave. Então, me cadastrei em um serviço de hospedagem de sites gratuito no 000webhost e comecei. Escrevi tutoriais técnicos sobre o ferramental GNU/Linux, além de notícias sobre o mundo da infraestrutura de Tecnologia da Informação, cuja área trás meu sustento hoje. O objetivo era ajudar a todos, tentando abrir as portas do conhecimento.
Olha aí que logo top! rs
Logo após eu assumir o meu emprego principal, como analista de TI, tive contato real com equipamentos de hardware que só poderia sonhar, enquanto estava na graduação. Então, mergulhei em um mundo totalmente novo, com muito gás para produzir e compartilhar informação para todos. Foi aí que veio a ideia de mais uma mudança de plataforma.
Porém, algo me afligia. Eu sinceramente já estava cansado de ter que manter bancos de dados atualizados e servidores rodando, fora isso, ainda manter domínios e renovações de certificados TLS, para algo como escrever, que, em tese, era pra ser simples. Então, procurei alternativas e acabei encontrando.
Foi aí que conheci o Hugo, uma plataforma de geração de sites estáticos ou SSG. Então, pensei comigo: nunca tive conteúdo dinâmico, que precisasse de painel de administração, banco de dados e gestão de usuários. Então, caí na real de que isso tudo era um conjunto de recursos, mas que não era imprescindível pra manter um blog pessoal. Com isso, acabei entrando na onda dos ‘sites estáticos’.
O objetivo principal desse meu último blog era deixar meu legado de ensinamentos, enquanto usuário do Xenserver, que é uma ferramenta de TI, utilizada por profissionais da área. Ou seja, o espaço acabou virando uma área de nicho. Foi aí que tive outras ideias.
Do nada, comecei a escrever no Medium, que é uma plataforma de blogs. Lá, fiz algo inédito nesses últimos 15 anos: comecei a escrever poesias. Falava sobre assuntos da sociedade, e às vezes tentava relacionar conhecimentos técnicos com a área de humanas. Então, em tese, tinha meu blog técnico e agora meu blog sobre minhas outras profundezas mentais.
Aos poucos, e sem perceber, comecei a confluir os assuntos. Os espaços estavam se invadindo. Me perguntei: Hora bolas, porque sempre eu tenho que ficar separando os conteúdos desse jeito?
Então, o estopim veio com a quarentena, trazida como consequência da pandemia do novo Coronavírus, o Sars-CoV-2.
Recentemente, comecei a estudar as GAN (Redes Adversárias Generativas) para geração de arte. Além de me complementar com uma série de habilidades em Redes Neurais Artificiais, acabou me trazendo mais uma área de nicho, que é a das artes, especificamente artes visuais, junto com a confluência entre Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática. Então, mergulhei no STEAM.
Produzi e ainda produzo muitos artefatos digitais, que podem compor desenhos, vídeos, sons… Fui até selecionado em uma exposição virtual de arte, do Museu de arte da UFC! Então, resolvi criar também um perfil no instagram para divulgar meus trabalhos. Isso, certamente, virou um nicho para mim.
Lembram quando falei do estopim? Pois é, foi aí. Em pleno isolamento social, através do meu lugar privilegiado de onde falo, tive a plena consciência que seria mais trabalhoso manter diversos lugares de compartilhamento virtual do que um só. Um turbilhão veio à mente.
Um site para tudo! É isso.
Pois é, contrariando o modelo clássico de escrita de blogs, que é o do ‘siga um tema e comece a escrever sobre ele’, resolvi criar uma página que fosse no estilo de vários autores. Mas, por que vários, se, em tese, só eu irei escrever? Pois é, a questão é essa, o meu modelo de desenvolvimento mental é assim: diverso, a todo momento, em cada instante de tempo, pensando em tudo e não necessariamente numa ordem pré definida. Mais uma vez: quem me conhece, sabe.
Tentei, então, fazer isso usando o medium. Mas tive muitas decepções. Primeiro, não deixaram eu criar uma página, ou pelo menos dificultaram muito pra mim. Segui todos os procedimentos, e já era inclusive um usuário antigo, mas nada (creio que seria mais rápido se eu fizesse um plano de assinatura). Depois de 2 dias desisti. Segundo, eles não aceitam mais o recurso de redirecionamento de um nome de domínio próprio para dentro de sua página pessoal, ou seja, eu teria que estar sempre atrelado ao https://medium.com/@marlluslustosa. Aí já era demais.
O problema é que gosto do tema do Medium. Com isso em mente, procurei alternativas que pudessem seguir esse princípio, já utilizando a ideia de sites estáticos. Foi aí que conheci o tema mediumish para Wordpress. Achei fantástico, muito limpo, com o visual muito parecido com o que eu queria. Mas realmente, será que iria me entrar novamente em blogs dinâmicos só por causa de um tema? Não.
Em algumas poucas pesquisas seguintes, vi que os mesmos autores escreveram também o template para Jekyll, outro SSG. Mas minha experiência atual era somente com o Hugo, e olhe lá, pois não o utilizava em sua plenitude. Eu fazia as alterações localmente e enviava para um repositório no Gitlab. Só após ele processar o conteúdo (subir um container Hugo e gerar as páginas) é que eu via o resultado final. Ou seja, não era muito usual, tão pouco eficiente.
Então, como bom desafiante, aproveitando esse momento da impossibilidade de gastar tempo com trânsito e relações sociais fora de casa, resolvi aprender como o jekyll funcionava. Sua concepção e execução.
Levei uns 3 dias para aprender todo o fluxo do Jekyll, como eram organizadas as postagens, como ele faz a geração do SEO, mapa do site, _posts, _pages, como funcionava a linguagem de templates Liquid e a sincronização com a hospedagem no Github. Tudo isso me possibilitou conhecer um mundo novo, um mundo em que nunca achei que existia, pela facilidade de geração das páginas, escrevendo pouco código. No entanto, percebi uma coisa no fim: pra quem é totalmente leigo, um CMS como wordpress ainda é a melhor opção. Por exemplo, a Liquid é excelente para fixar a lógica da geração de toda a estrutura do site, pois ela te possibilita utilizar laços de repetição, comandos condicionais, bases de hierarquias de códigos, exatamente como é utilizado em qualquer algoritmo computacional básico, ou seja, para usuários não programadores, pode ser até um fardo entender como aprender e mexer com isso.
Depois de erros e acertos, na primeira semana, consegui dominar o básico para me virar. Isso incluiu: habilidade para entender o funcionamento da geração das páginas e posts, mudanças no estilo e alterações nos scripts vigentes. Por conta de tantas alterações que fiz na estrutura deste blog, farei um post só para falar dos detalhes de implementação e o que adicionei de novo por aqui.
Bem, voltando. Criei categorias para representar as fases do meu pensamento. Em cada uma delas, irei escrever sobre o tema desejado. Portanto, aqui, você terá a possibilidade de ler sobre Arte, Ciência, Tecnologia, Sociedade (que poderá compreender textos diversos sobre humanidades) e Poesia. Pelo menos até agora. Reduzirei todas as minhas páginas de escrita de artigos ao meu site, somente. Nada de conteúdo espalhado em Medium, Sigle, blog1, blog2, blog3. Vou deixar como eu funciono naturalmente. E ver como esse projeto se desenvolverá.
Antes de terminar, quero dizer que equipei meu blog com ferramentas que ajudarão a me deixar a par sobre a atual tendência dos leitores, como páginas e artigos mais lidos. Quem me conhece sabe que sou defensor da privacidade online, e ratificando isso, deixo claro que estou utilizando o Google Analytics para acompanhamento das estatísticas de acesso diário ao ambiente. Além disso, o serviço Mailchimp, para gestão das listas semanais ou mensais que direcionarei aos e-mails inscritos no site.
E como fazer se você não quer ser monitorado? Calma, que em breve irei lançar uma opção, para quando entrar no site, você mesmo escolher se quer fazer parte da coleta de dados para analytics, e caso contrário, ficar livre do monitoramento (preparando o terreno para a LGPD). Desde já, quero compartilhar também que não farei uso de Adsense ou qualquer propaganda neste blog.
Se mesmo assim você não quiser ser monitorado, das próximas vezes que acessar meu blog, recomendo a instalação do plugin NoScript no seu browser, para bloquear conteúdo javascript de páginas web, e assim, forçadamente, você não entrará na lista de usuários coletados. Outra opção é usar o navegador Tor ou a até a aba privada Tor, do navegador Brave.
O que será coletado?
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Geolocalização aproximada (cidade, estado)
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Língua definida no navegador.
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Hora de acesso.
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Tempo de acesso.
Em intervalos regulares de tempo, publicarei essas estatísticas aqui no site, como forma de inserir uma certa transparência para os usuários do blog. Em breve, também irei postar sobre o porquê de escolher não adicionar as estatísticas diretamente aqui no blog, em tempo real.
Bem, é isso. Acho que o site ficou legal. Minha experiência de design é meio chula, e por isso tentei adaptar um tema que eu já conhecia e gostava, e acho que acabou ficando como eu queria. Desisti de algumas coisas que fiz, investi tempo para inserir outras e creio ter ficado bom, até o momento (viva a cultura do Remix).
Se quiser entrar em contato comigo de forma segura e privada, implementei um método para você criptografar sua mensagem e enviar para mim, seja por aplicações existentes ou até mesmo de forma anônima, aqui mesmo no site. Clique aqui para mais detalhes.
Para acompanhar as notícias por e-mail, assine a newlestter na parte inferior do blog. Caso queira acompanhar via feed, é só adicionar esse link ao seu agregador de feeds. No futuro esse site também contará com um domínio .onion.
Grande abraço e obrigado por ler até aqui!
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